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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Liberdade entre quatro paredes.

O sol raiava lá fora, refletindo na janela de seu quarto. Acordou de má vontade, sentou na cama e observou o dia bonito que fazia na rua. Era seu último dia de aula em uma escola totalmente nova, já havia perdido as contas em quantas escolas estudara, de quantas casas e cidades diferentes já morara. Tudo por causa do emprego de seu pai, que vivia sendo transferido. Levantou, fez sua higiene matinal, pôs o uniforme do colégio e se dirigiu à cozinha. Lá estava sua mãe, com um sorriso plantado no rosto, esperando sua aproximação para desejar-lhe boa sorte. Olhou para o lado e avistou sua irmã pequena, correndo em direção à mesa onde o café estava servido. Juntou-se a ela na mesa, pegou um pedaço de pão, nem fome tinha, só comeu porque era necessário. Olhou para o relógio, logo o ônibus escolar estaria passando para levá-lo. Terminou o café, escovou os dentes e se dirigiu ao ônibus que havia chego.  Sentou no fundo, não fizera amizade com ninguém durante os meses que estava na cidade. O ônibus tomou partido, sabia que seria a última vez que precisaria acordar cedo. O vestibular já havia passado, conseguira atingir o primeiro lugar na classificação de seu curso, Administração. O ônibus então parou, indicando que haviam chegado ao colégio. Levantou e respirou fundo antes de descer dele, sabia que o dia seria cheio de emoções, suas colegas mais sensíveis iriam chorar, alguns outros deixariam cair uma ou duas lágrimas, achava tão emocionalmente idiota isso, era somente uma despedida, ninguém iria morrer, só não iriam mais se ver com frequência.  Desceu do ônibus ainda segurando a respiração e entrou na sala de aula. Sentou em seu lugar e esperou o professor chegar, a primeira aula era física, se entendia muito bem com ela, havia cogitado a ideia de fazer esta matéria na faculdade, mas achou que não iria aguentar. As horas se passaram, o intervalo havia chego. Retirou-se da sala de aula somente com seu mp3 à mão, escolheu um lugar calmo para poder sentar e ouvir suas músicas. Ficou os 30 minutos de intervalo refletindo sua vida, sentia falta de seus antigos amigos que deixara em sua cidade natal, ainda mantinha contato pela internet, mas não era a mesma coisa. Por fim, voltou à sala de aula, teria os dois próximos horários de matemática, outra matéria da qual gostava. Retirou seu caderno e passou a copiar o que se era dado. O sinal soou, indicando que a aula acabara. O tempo passava rápido quando tinha aulas das quais gostava. Olhou a diante e viu suas colegas já em lágrimas, algumas vieram em sua direção desejando-lhe boa sorte no futuro, agradeceu e desejou o mesmo a elas. Esperou todos seus colegas se retirarem da sala para poder sair. Da porta, olhou mais uma vez para a sala de aula, retirou uma caneta de seu estojo e escreveu seu nome na parede, assim, ao menos a sala de aula não iria esquecê-lo.  Agora sim, poderia dizer que estava livre, nada mais o prendia na cidade. Suspirou, apagou a luz e saiu colégio a fora.

PS: Inspirado & dedicado à Warley Ferreira.


Now Playing: Vivir Soñando – Christopher Uckerman

6 comentários:

  1. inspirado em mim HOUAIEHAIUEHUAIEHA :D curti curti, e obg pela dedicação e pelo carinho *-*

    s2

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  2. UAHUAHUAHAUHAUH uhu (:' own obrigada *-*, imagina, tu merece s2'

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  3. interessante, faz uns textos alegres ai guria!! duheuahud

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  4. awn, ok Sr. Anônimo, na próxima eu escrevo um bem engraçado e dedicarei pra ti :D'

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  5. Mas bah, guria.
    Seu texto me fêz lembrar da letra de uma mésica de Raimuno Fagner: "repare naquela estrada, onde me levará? Os amigos que tenho aqui, na certa terei por lá..."
    Assim é a vida; a única coisa que não muda é que tudo pode muda!
    Abração.

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  6. nunca ouvi essa música hm*'
    enfim, pois é, nunca dá pra se esperar que a vida vai seguir a mesma linha, porque isso é impossível (:'
    beeijo *-* :*

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