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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sonho (2)

Realidade ou Ilusão? (pt.2)

O sinal da universidade havia tocado a recém, indicando que o intervalo havia começado. Pegou seu caderno onde anotara o conteúdo da aula, folhou algumas páginas impaciente. Por fim chegou a página desejada e continuou a escrever a partir de onde havia parado. Seu livro já estava perto do fim, e logo mais iria publicá-lo. Passou a pensar em seu príncipe, desde que começou a estudar os sonhos haviam parado, talvez houvera uma razão lógica para isto, talvez não, somente sabia que já o estranhava em seus sonhos. Reparou que todos seus colegas voltaram a sala, deduziu então que o intervalo acabara. Parou de escrever e voltou a página onde se encontrava suas anotações de aula. Tentou prestar atenção ao conteúdo que se era dado, mas seu pensamento falou mais alto. Passou a pensar em seu príncipe novamente, queria entender a razão de sonhar com ele, passou a imaginar como seria se ele existisse no plano real, quão feliz ele poderia fazê-la. Deixou o pensamento de lado quando a professora chamou-lhe para responder uma pergunta, ficou quieta, por alguns segundos reformulando a pergunta, por sorte soube responder e corretamente, plantando uma expressão menos séria no rosto de sua professora. Por fim o tempo passou mais rápido do que o esperado e a aula já havia acabado. Se dirigiu direto para o ônibus, sentou em seu lugar de sempre e retirou o caderno da bolsa, sua imaginação estava à solta dentro de sua cabeça, se pôs a escrever, pretendia terminar o livro ainda naquela semana. Encheu mais 5 páginas de seu caderno, assim que chegasse, necessitaria digitaliza-las. Guardou o caderno dentro de sua mochila novamente, recostou a cabeça no banco do ônibus e fechou os olhos. O caminho até em casa era longo, um pouco mais de 1h. Quando se deu por si, já estava sonhando, estava em um lugar totalmente novo, olhou ao seu redor e deduziu que era um parque de diversões, ouviu alguns passos pesados atrás de si, se voltou às pressas e lá estava ele, seu príncipe. Sem raciocinar direito, correu em direção à seus braços, sentia falta de sua respiração pesada em seu ouvido. Olhou em seus olhos tentando decifrar o que havia por trás destes, mas não conseguiu nada. Ele a soltou de seus braços, pousou seus lábios em sua bochecha e passou a se afastar. Ela gritou pedindo para que ficasse, mas ele nada fez. Gritou então a pedido de um nome, ele sussurrou baixo:

- Luke

- Luke?

Ele acenou com a cabeça concordando e sumiu na escuridão. Acordou um pouco aflita, por fim sabia algo de seu príncipe. Passou a pensar no nome que lhe havia sido dado. Decidiu olhar para a rua. O Ônibus parou no semáforo fazendo-a olhar com mais atenção para a rua se perdendo em pensamentos. Algo, de pronto, chamou sua atenção, olhou fixamente para ter certeza. Não pensou duas vezes, pegou sua mochila e saiu do ônibus apressada. Algumas pessoas a olhavam confusas, não era muito normal ver alguém correndo loucamente pela rua e gritando para alguém que se encontrava há uns 10 quilômetros adiante. Finalmente alcançou a pessoa desejada, a puxou pelo braço, fazendo-a voltar-se para si. Não podia acreditar no que seus olhos viam, se beliscou para saber se não estava sonhando, sentiu dor e deduziu que aquilo estava mesmo acontecendo. A pessoa continuava olhando-a intrigada, mas lhe sorriu. Giovanna olhou-a dos pés a cabeça, queria ter certeza antes de abrir a boca para falar algo que poderia estragar o momento. Decidiu pedir-lhe o nome.

- Luke

Seu rosto passou a queimar, sentia suas pernas tremerem e despojou um largo sorriso no rosto. Estava certa de que era esse seu príncipe que via em seus sonhos. Sem pensar, se atirou sobre os braços do mesmo, repousou seus lábios no dele, sentindo-os macios e úmidos. Beijou-o com calma, ele correspondeu-a. Pararam o beijo para tomarem fôlego. Olhou-o nos olhos e sorriu, seu coração parecia querer saltar de seu corpo. Sua mente estava longe. Ele olhou-a mais uma vez, lhe depositou um pequeno beijo entre os lábios e se despediu. Suspirou, havia encontrado seu príncipe e o mesmo havia lhe deixado, assim como em seus sonhos. Será que nunca mais iria vê-lo? Se perguntou. Decidiu seguir seu caminho, pôs a mochila nas costas e botou as mãos dentro do bolso da calça, sentiu que havia algo no fundo. Retirou um pequeno papel dobrado, intrigada, abriu-o e o leu. Sorriu feliz, estava ali a resposta de seu pensamento, ele havia anotado seu telefone no pequeno papel. Guardou-o em seu bolso e seguiu o resto do caminho até sua casa.





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